19 de julho de 2010

Confissões noturnas

O sol queima como uma fogueira no céu a dispersa centelhas celestiais no rosto da noite.


A purpurina que banha e ilumina toda a terra na ausência de luz quando os homens estão mais apaixonados e suas mentes mais obscenas.


Uma estrela é só uma fagulha no céu, filha cintilante do caldeirão de hélio iluminando a vida onde não há vida.


A Lua é um imenso espelho da natureza noturna, dividindo conosco a dádiva de todos os dias, a ser agraciada pelos raios de sol.


A Lua é a progenitora da noite a direcionar para nossas vidas os raios de sol que se perderiam no espaço como se eles fossem o fios perdidos de Amon-Há.


E é somente assim que se faz possível nossos destinos se cruzarem, porque todo o fogo que queima aqui embaixo veio de lá. Todo o calor que nos arde por dentro veio de lá, onde donzelas imitam serpentes, seduzindo com suas formas, príncipes encantados.


Do mais, pode até haver posse sem sentimento, sendo que do contrário, não há sentimento sem posse.




Ricardo Magno

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