19 de julho de 2010

Poema Líquido-Concretista

Por não ter medo da solidão, sempre acabo indo de encontro a ela. Beirando os trinta e com a maturidade que tenho hoje, se eu conseguisse sentir o mesmo que sentia aos quinze, poderia facilmente chamar isto de amor. Mas minha vida não passa de um Poema Líquido-Concretista de cachaça, sem graça, desgraça.


Muitas coisas foram difíceis para eu entender, pô-las no lugar. E mais difícil ainda foi compreender que outras coisas nunca haveriam de serem entendidas, respeitá-las e deixá-las como estão. Mas é sempre em meio ao cálculo de probabilidades que aparece o número zero de possibilidades.


Me perdoem a cacofonia! Mas como um dos piores campos de batalhas que já existiu, Solferino deveria ser era “Só feridos”. Quando a guerra não poderia surgir se não fosse de outra forma, então por que a Convenção de Genebra haveria de exigir a capacidade de manter relações com outras Nações como pré-requisito indispensável para que uma Nação seja considerada Nação perante os órgãos responsáveis, ou a guerra está intrínseca a humanidade?


Branco como a cor dos olhos de um cego onde cada ponto se sobrepõe a alvidez de uma noiva virgem que não existe mais, assim o céu continua perfeito. E se ainda é um grave erro começar uma hostilidade sem aviso, pior é deixar que ela aconteça.


Confiar ou deixar de confiar em uma pessoa não faz a menor diferença. Só nos mostra o quanto somos cínicos ou tolos correlação as perspectivas que outras pessoas prometem nos dar. Existir em um mundo caótico e ao mesmo tempo não ter uma vivência desorganizada é o mesmo que não existir. Pois quanto menos se pensa no conflito mais rápido se acha a solução. Então, seja o que deus quiser e o que a gente quiser que seja.



Ricardo Magno

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