19 de julho de 2010

Nosso

Em meio a uma baita madrugada onde os carros a muito se recolheram das praças, tu acabastes de sair da minha casa sem que ninguém soubesse que um dia viestes. Assim eu espero!


Qual será a desculpa que tu irás inventar para os teus pais? Não sei e tanto faz, porque os riscos são um dos ossos do ofício inevitáveis para aqueles que pretendem amar. Só sei que depois de nós dois juntos, o meu corpo é que não quer descansar.


Gosto muito dos teus lábios nos meus e do estalo que nossas bocas fazem quando é chegada a triste hora de ir embora. Sempre me parece que não tem fim o nosso adeus!


Adoro os contrastes da noite pairando sobre teu corpo no silêncio que a gente faz, e quando fica mais nítida a perfeita silhueta que só a meia luz do meu quarto pode revelar.


É quando teu rosto fica mil vezes mais lindo e somente eu estou lá ti analisando. Nessas horas, me sinto o cara mais sortudo e feliz do mundo, pois sei que a minha sorte ninguém pode gorar. E mais do que consangüíneos de coração, um dia por deus tudo será explicado.


O motivo dessa forte atração talvez esteja ainda em muitos tempos remotos enquanto somente hoje, o aroma da tua pele é o que me deixa mais louco. É que às escondidas ninguém pode notar os sussurros que a gente faz.


De tanto ter prudência, acabei me deixando ser levado pela tua perigosa inocência e pelas derrapantes rodovias que em teu corpo jazem todos aqueles que tiverem o privilegio de cruzarem.


Incauto eu? Quase sempre em tua companhia, pois contigo corro qualquer perigo cometendo alguns delitos antes que as portas se abram e sejamos pegos despreparados... Enquanto é sempre um risco a tua companhia me instigando a correr mais insano pelas nossas avenidas.


Ricardo Magno

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