24 de novembro de 2012

O Magistrado Seu Cosminho em: A Enciclopédia da Decência






- Se eu nunca parei de beber, como é que a pessoa ainda tem coragem de perguntar se já estou bebendo? É muito estúpida mesmo!

- Compreensivelmente mau humorada, minha mãe sempre insiste que eu acabe, de uma vez por todas, com a cachaça: “ – Meu filho, quando é que tu vai acabar com essa bebedeira? Não vê que isso te faz mal? Termine logo com isso!” E eu, muito obediente, tento. Juro que tento. Tento muito mesmo! Mas toda vez que tomo um litro de cerveja, fabricam mil. Ai fica difícil.

- “Amor, você é uma cláusula pétrea na minha vida. No mínimo, uma “pétrea” no meu sapato.”


Tudo o que for a nosso favor, e somente nesse propósito, arbitrário e cheio de brechas, não pode ser tão ruim assim. Por isso o Direito a mulheres. Nunca uma advogada. Deus me livre do diabo de saias! Mas o Direito a mulheres.

No Direito existe a presunção de inocência, o Princípio da Inocência, em que todos são inocentes até que se prove o contrário. Para a mulher, a priore, sem fazer absolutamente nada, todo homem já é culpado.

No Direito há o Principio do In Dubio Pro Reu. Na dúvida, a sentença sempre deve ser decretada a favor do réu. Assim não se comete a injustiça de sentenciar um inocente. Para as mulheres, o mecanismo funciona de maneira inversa. Se rola dúvida é porque o cara já fez alguma merda.

 No Direito há o Principio do ‘Favor Rei’ ou ‘Favor Libertatis’, para quando houver interpretações contraditórias da mesma norma, o julgador levar em consideração a que mais beneficia o acusado, ou até mesmo a seu favor. Já para a mulher podem dez mil pessoas elogiarem o seu companheiro que ela não dá a mínima. Mas se apenas uma mosquinha zumbir em seus ouvidos, pronto! Ela sabia que o cara não valia nada.

Para o Direito nenhuma prova é absoluta e nem pode se embasar em juízo condenatório. Antes de qualquer conclusão, o réu deve ser legalmente julgado e a pena só recai sobre ele em uma decisão de livre convencimento do magistrado competente. COM-PE-TEN-TE! Entenderam? Não pode ser a sogra, nem de toga. Já para a mulher, se ela ao menos sonhar com algo, se suspeitar de algo, não vai precisa de muita coisa para que ela se confunda ao ver um carro igual ao seu entrando no motel. É prova absoluta. Forca na certa! “Para que provas?” Ela se pergunta.

Para o Direito não existe prisão perpetua. E ai eu me pergunta. E o casamento? Que porra é essa? Para o Direito não existe pena de morte, exceto em casos de guerra. E a sogra que vive maltratando o genro? Que porra é essa? Por isso eu afirmo, o direito a mulheres. Nunca advogadas, o diabo de saias.



Heitor Monte Cristo

12 de novembro de 2012

Análise Estética da obra de Ticiano: Amor sagrado e amor profano (1541)








Pintura da Itália Renascentista, Amor sagrado e amor profano (Sacred and Profaned Love), no nível da descrição pré-iconográfica, observa-se duas mulheres (uma nua, outra vestida), uma criança e um túmulo, que é usado como fonte, todos situados em uma mesma paisagem.

A considerar a iconografia, para qualquer um que esteja familiarizado com a arte renascentista é, por assim dizer, brincadeira de criança identificar a criança como o Cupido, mesmo que decodificar o que expressa o resto do quadro não seja tão fácil. Uma passagem no diálogo de Platão o Symposium fornece uma pista essencial para a identidade das duas mulheres; a fala de Pausanias sobre Afrodite, a “celestial” e a “vulgar”, interpretadas pelo humanista Marsílio Ficino como símbolos do espírito e da matéria, amor intelectual e desejo físico.

No nível mais profundo, iconológico, a pintura constitui-se numa excelente ilustração do entusiasmo por Platão e seus discípulos no chamado movimento “neoplatônico” da Renascença italiana. Além disso, a pintura oferece substancial evidência para a importância daquele movimento no meio ambiente de Ticiano, no norte da Itália no inicio do século 16.

A recepção à pintura também nos passa alguma informação sobre a história das atitudes em relação ao corpo nu, notadamente a mudança de uma atitude de celebração para uma outra, de suspeita. Na Itália do início do século 16 (como na Grécia na época de Platão) era natural estabelecer uma ligação entre o amor celestial e a mulher nua, porque a nudez era vista numa conotação positiva. No século 19, mudanças nos conceitos sobre nudez especialmente sobre a nudez feminina, tornaram claro aos espectadores, simples senso comum, pode-se dizer, que a Vênus coberta representava o amor sagrado, ao passo que a nudez passou a ser associada ao profano. A freqüências de imagens do corpo nu na Itália renascentista, comparada com sua raridade na Idade Média, oferece outra pista importante a respeito das mudanças na maneira como os corpos eram percebidos naqueles séculos.

Para além das interpretações e focando no método que elas exemplificam, três pontos destacam-se. O primeiro é que, numa tentativa de reconstruir, o que é frequentemente denominado “programa” iconográfico, os estudiosos têm aproximado imagens que os acontecimentos separam, pinturas que foram originalmente realizadas para serem lidas em conjunto, porém, encontram-se atualmente dispersas em museus e galerias em diferentes partes do mundo.

O segundo ponto está relacionado à necessidade dos iconografistas de prestar atenção aos detalhes, não apenas para identificar artistas, mas também para identificar significados culturais. Ciente desse fato e, para explicar seu método, Morelli criou a personagem de uma velha sábia florentina que diz ao herói que os rostos das pessoas nos retratos revelam alguma coisa sobra à história de sua época, “se soubermos ler esses rostos”.

No mesmo sentido, em Amor sagrado e amor profano, ao ter a atenção focalizada nos coelhos ao fundo do quadro, explica estes animais como símbolos de fertilidade, enquanto analisar os relevos que decoram a fonte, incluído um homem sendo açoitado e um cavalo sem rédeas, pode ser interpretado como referências a “ritos de iniciação amorosa”.

E das conversas que os pintores da Renascença italiana frequentemente tinham com humanistas não seria implausível sugerir que uma variedade de alusões à antiga cultura Grega e romana pudesse ser encontrada em seus trabalhos a partir da formulação de imagens complexas.
    

Pré-Iconografia, Iconografia e Iconologia


O primeiro era a descrição pré-iconográfica, voltada para o “significado natural”, consistindo na identificação de objetos (tais como árvores, prédios, animais e pessoas) e eventos (refeições, batalhas, procissões, etc.). O segundo analisava a iconografia no sentido estrito, voltado para o “significado convencional” (reconhecer uma ceia como a Última Ceia ou uma Batalha como a de Waterloo). No terceiro e principal nível se encontra a interpretação iconológica, distinguindo-se da iconografia pelo fato de se voltar para o “significado intrínseco”. Em outras palavras, “os princípios subjacentes que revelam a atitude básica de uma nação, um período, uma classe, uma crença religiosa ou filosófica.”. É nesse nível que as imagens oferecem evidências úteis, de fato indispensáveis.

Três da Tarde







Se o ser humano é feito de corpo e alma, somente o corpo ou só a alma, não é mais o mesmo homem.


Em três horas da tarde, sob a escaldante crosta terrestre, crianças cheiram a carne assada. Poeira, asfalto e fofoca não fazem a tríade sagrada. O vento sopra de besta. Só come muriçoca e areia. E se um automóvel passa muito rápido logo sobe uma tempestade no deserto.

No momento em que o sol mais se eleva, da toca do tatu não sai tatu, no buraco do rato não tem rato e gato não é nem doido de andar em teto de zinco quente a essa hora. Em cada quadra, línguas e fios se enroscam no espírito dos postes da invejosa vida alheia.

Se alguém perguntar as horas, outros irão dizer: “E daí?” Pois o ponteiro grande aponta para os ricos, o menor não para de lamentar o porquê de ter explodido duas bombas atômicas. E na interjeição de um gaúcho, “Baaah!” Bode é bar. Via Embratel, caixas de poliuretano ressecam um astro rei “zincado”. Cimento é sangue, rejunte é cuspi. Ohhh, nossa vida, nossa casa... Amada!

Na companhia dos porcos, para quem vive em um chiqueiro, nem a mais bela e cândida ave de rapina consegue sair imaculada. Não adianta ser forte se na ponta do nariz o corpo perfeito traz a única deformidade, eles puxam os pontos fracos. Sentinelas do mal olhado!

Em uma batida de carros, simbiose de todos os elementos da Tabela Periódica, quem não tem carta anda de motocicleta. E se para o homem de carne e osso, quem está vivo está morto, o que vale agora são as peças de açougue metálicas. Crashhh! Estranhos Prazeres...

Em relações materiais rudimentares, trocam-se o todo pela parte, o sujeito pelo objeto inanimado e a vontade de satisfação das necessidades pela dos desejos supérfluos. Assim todos se fazem dignos seres humanos com línguas de cobras, lágrimas de areia e um coração de automóvel.




Heitor Monte Cristo

6 de novembro de 2012

Seu Cosminho em: Axiomas de um Caolho na dimensão do álcool






 - A vida de cachorro ensina muitas coisas. Por exemplo: a latir, a balançar o rabo e, principalmente, a cheirar o cú dos semelhantes.

 - Se está dentro de nós, então nada do que sentimos pode ser maior do que a gente. Pois o coração de um homem se faz com dois testículos e uma glande ligados por um pênis. E mesmo assim, sempre que te vejo, o Caolho lacrimeja de amor.

- Toda baforada de um ânus fede a inveja. Enfiar-te o pênis na boceta até o cú “chorar”.

- Quando ela goza de mais, a boceta molhada e melada começa a “peidar”.

- Se todas as latinhas de cerveja são iguais, tenho a obrigação de degustar cada uma delas sem discriminação.

- Ela dá até para os cachorros e eu só a desejei quando fui um deles. Agora não a quero mais, pois tenho um pau federal.

- Só existe dois tipos de homens que ainda mandam flores para as mulheres: Os muito românticos ou os cafajestes épicos.

- Várias mulheres... Cada uma no seu tempo.




Heitor Monte Cristo