7 de julho de 2010

Mini Poema-Erótico

Ela saiu de casa determinada a fazer o que tinha que fazer, e entrou na sala como um animal no cio que vai a caça. Sentou-se, sentiu meu cheiro e me perseguiu pelo ar até me encontrar.


Ao me ver, ficou de longe me devorando por alguns segundos e depois sorriu como quem diz o último adeus antes de se aproximar através de gestos friamente calculados. A partir daí, deu o primeiro passo.


Enquanto eu ficava sem saber o que fazer, ela arrancou meu tênis como se estivesse arrancando minha calça, tirou minhas meias como se estivesse tirando minha cueca, acariciou meus dedos como se estivesse acariciando minha rola, e me fez sentir cócegas como quem gozava.


Como a água que lava o corpo, semelhante ao plasma que banha a alma, me ungindo de prazer lúdico, limpou a carne maculada e a deixou preparada para novos pecados. Nunca mais a vi, mas até hoje sou grato a ela.




Ricardo Magno

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