19 de julho de 2010

As Teorias do Estado de Marx e de Hegel e o desenvolvimento e subdesenvolvimento das Nações

Deixando de lado os embates travados entre as teorias de Marx e Hegel, o propósito aqui discorrido é de usá-las isoladamente, como metodologia de estudo na análise da formação dos Estados desenvolvidos e subdesenvolvidos, em que, compará-las não é a intenção deste ensaio.

A filosofia especulativa de Hegel produziu a noção de Estado supremo, acima da sociedade civil, da família e de todos os seus antecessores históricos. O que a priori já seria ridículo embora o intuito não seja criticar. Na prática, a conseqüência do Estado hegeliano seria uma sociedade cujas classes menos favorecidas seriam submissas a uma forte centralização do poder na esfera federal, com poucas políticas públicas voltadas para as classes dominantes. As redes de ensino, saúde e segurança pública precárias apontando para uma forte concentração das políticas direcionadas para os interesses neoliberais da acumulação de capital em detrimento do bem-estar das massas.

Características de países a exemplo do Brasil - único país que antes de se formar uma consciência política e vir a ser Nação já tinha um Estado – Português - consolidado, se valendo da máquina estatal em provimento próprio.

Ao contrário de Hegel, o Estado Marxista prioriza o valor do indivíduo, da família e da sociedade como células primarias do Estado, logo antecessores históricos seu. Para ele, o Estado é produto das relações sociais, dos modos de produção e de uma e infra-estrutura precedente a toda organização social, contratual e racional. Sendo assim, justifica-se a formação de uma supra-estrutura adequada as relações materiais de existência. Processo evolutivo parecido com o dos países desenvolvidos.

Isentando-me de sobrepujar uma teoria à outra, ficam claras as conseqüências de ambas as acepções levadas na prática. Também não seria cabível inverter os métodos correlação aos seus objetos de estudos visto que a escolha de ambos e seus respectivos modelos de estudo não foram decididos arbitrariamente, e sim, como causa-conseqüência.

Ricardo Magno

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