19 de julho de 2010

Peço a deus

Peço a deus (suposto pai do mundo) que me revogue clemência e amor, em meio ao desatino dor. É dos céus que espero uma ajuda, aquela que sempre hei de esperar.


Por que quando gritaram meu nome não pude escutar? Logo eu! O que tantas vezes ficou mudo de tanto chorar. Mas agora desejo que somente uma pessoa grite meu nome, somente TU que sabes bem quem és. Enquanto isso, a vida continua me fazendo de palhaço, pois só a mim concedo tais palhaçadas.


Fui por muitas vezes culpado por um crime, o crime amor. Aquele que com a mesma arma que mata, morre. Inocente, ninguém quis me condenar e condenação pior foi à solidão. No meu quarto mora eu e um tal de Jesus Cristo, cujo nome sempre me foge nas horas difíceis.


É entre um gole de bebida que me reconheço. Amo pessoas fáceis, falsas, fúteis... Então, a porra do mundo cai enquanto me preocupo em ficar rico. Mas continuo aqui dentre vós, sem que percebam si quer uma ferida. Agindo como um monstro, contendo o ânimo apenas por medo dele ir embora. E se dessa vez ele for, juro que não vou suportar.


Cadê meu caminho? Há pouco tão nítido em meus olhos. Se foi mais uma vez a certeza, esta que sempre foi tão passageira em minha vida. Eu fui deus antes do tempo e então chorei porque minhas feridas ainda estavam vivas, me fazendo viver e sendo minha única fonte de consumo.




Ricardo Magno

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