7 de julho de 2010

Proteu

Fato dele desconhecer faz com que ele me conheça completamente. A guerra se torna um vicio quando desatar os cadarços for e transmitir quase à mesma sensação que desativar bombas em operações cinéticas de baixo impacto. No lançamento obliquo que é a vida, chegando perto dos trinta me sinto cada vez mais próximo do ponto mais alto da hipérbole da existência.


Justiça não é justiça se for feita através de acordos com bandidos para se manter com um alto índice de condenação. Nem sempre quem faz maldade é mal. Nem sempre quem faz bondade é o bem. Às vezes é necessário justificativas obscuras para se manter o que é certo. E se alguém tem que provar a inocência, então é porque ele já não é mais considerado inocente. Réu ou não, no modelo como as leis se aplicam, implicitamente, elas nos inflige com um certo grau de culpabilidade.


Até que índice de confiabilidade posso receber uma mensagem e discerni-la como um sinal divino ou apenas mais uma técnica de gerenciamento de opinião? Até que ponto deus age em minha vida por meio disso ou é isso que age por meio de deus?


Por um motivo qualquer e desconhecido, eu caí do ninho e fraturei uma asa. Mas eu sou uma águia! Quanto a isso não tenham duvidas e nem se confundam comigo, galinhas! Eu sou águia! Perdido igual a um cego em meio a uma orgia, eu sou uma águia! Revendo todas as encruzilhadas do caminho como setas que apontam para a meta suprema, para então, no termo da empreitada encontrar o céu, o lar e a pátria perdida da identidade.




Ricardo Magno

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