7 de julho de 2010

O pródromo de brincadeiras macabras

Pensamentos desconexos sempre me trazem algo de bom. Nisso, eles nunca falham! É quando as nuvens negras começam a pairar sobre minha cabeça que mais preciso de alguém, alguém freqüentador dos meus lugares e apto a me entender.


Quando esta força me toma de assalto, guiado por um mecanismo psicológico autodestrutivo, poucas coisas estou capacitado a fazer, separando o joio do trigo, busco seguir a trilha certa, apesar de possuir seratonina, dopanina e noradrenalina em quantidades escassas!

Quando as luzes da consciência se apagam e eu me deparo somente com uma vela de lucidez acesa, meu próprio veredicto se torna algo questionável, minhas convicções vão todas por terra abaixo, então, sinto que edifiquei casas em um terreno frágil enquanto alguns poucos neurotransmissores me faltam.

Com a pituitária liberando o dia inteiro dosagens iguais de cortisol na corrente sanguínea, não tem como eu ficar calmo! Sendo esta a visão molecular da minha síndrome enquanto ninguém entende nada, papai e mamãe sabem muito bem porque quase todos os dias eu durmo e acordo cada vez mais tarde. É que vampirismo na linguagem cientifica é chamado de retardo psicomotor.

Brincadeiras a parte, é foda pra caralho sempre ter que fazer esforço redobrado para o que as pessoas conseguem fazer até com os olhos fechados. Busco sempre está em pé de igualdade mesmo tendo que enfrentar a vida e concomitantemente, me digladiar com inimigos imaginários.

É que minha mente é uma máquina sem manual me pregando brincadeiras macabras! São diversas as frentes de combate, e em meio a uma crise se levantam várias barricadas, porque, automaticamente, espontaneamente, alguns de meus pensamentos são espinhosos e não sendo manualmente, eu não posso fazer absolutamente nada enquanto me deixar levar por algumas idéias é como se eu fosse contra os instintos de preservação da espécie.


E se um dia me virem cabisbaixo não caiam no erro de pensar que sou frágil, pelo contrário! Após tudo isso aprendi a me fingir de armadinha pra otário!

Ricardo Magno

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