9 de julho de 2010

Ciclo da confusão

Por isso é que digo como é chato viver! A poesia é meu mundo mudo, não mudo, não mudo!


Fazendo-me renascer por entre as cinzas, eu escrevo com louvor o sentimento do trovador. A dor seca e muda, que não muda, muda!


O mundo se tornou imundo, sujo com a poeira do caos e das pessoas inexpressíveis. Os animais que nos tornamos. Nessa roda gigante, o mundo e meu coração, trocando os pés pelas mãos no ciclo da confusão.


A flor de lótus diz tudo mesmo estando imóvel. No jarro de flor apenas uma muda, que não muda, muda!


Novamente eu repito as palavras, de novo eu repito as frases, repito letras e repito o repetir. E nada disso pode estar errado, não há erro em nada disso. Por isso continuo constantemente fazendo o que quero (cometendo erros) sem si quer por um instante ousar mudar, nunca mudar e mudo nunca.


São as coisas aparentemente certas que devem mudar. Deixem as erradas aqui, onde está meu coração, onde feliz posso estar.


Chega de passos curtos! Darei saltos, furarei a fila, e enquanto a fonte não secar, enquanto no meu peito poesia houver, não mudo e nem mudo.


Continuarei lutando sem noites de sono e sem trégua, por dias e anos em batalhas cruéis e nem a um passo pra desistir jamais do imundo mundo mudo que fala demais.


Ricardo Magno

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