28 de julho de 2011

A Ferradura de Newton e o Pé de Coelho de Aristóteles



Não há melhor remédio para o alcançável do que nosso próprio esforço em vista do grau de interesse na realização prática e objetiva dos atos. Pois, para tudo o que é possível, o homem que não é preguiçoso e acometido de sabotagens psicológicas, vai lá e faz, deixando somente o resto dos feitos considerados impossíveis a acordo de uma entidade que possa nos ser superior. E mesmo assim, sem saber que era impossível, uns ainda foram lá e fizeram.

É sempre do local mais profundo da alma que nasce o acreditar no simples gesto simbólico de se ajoelhar o poder de se conectar com a entidade mais poderosa da existência humana. E não estando muito convencido disso, outros provavelmente te diriam: “É porque te falta fé!” Mas fé em que? No que pode vir a se tornar o suposto ou em mim mesmo, ora bolas!

Se sentir assim é observar neste sinal religiosamente existencial de reverência cada vez mais a sensação de estar conversando com o espelho, mas, de olhos fechados. E se mesmo assim nessa barganha inconsciente os pedidos se tornarem realidade, então é aconselhável manter a tradição cega e continuar efetuando nesse ato todas as edificações que nos seriam inalcançáveis sem o divino gesto, mesmo que seja mais por superstição do que por fé, no apelo comovente da aquisição do impossível, onde quer que ele se esconda, se é que, em si tratando do possível, o homem vai lá e faz.




Heitor Monte Cristo

21 de julho de 2011

Maria Negra



Com a marca indelével de nossa origem, a prostituta imaculada dos cabaret de Israel era aquela que orava mais por superstição do que por fé. Black Mary, a estrela escarlate de uma constelação de meretrizes infernais, a santa perdida e noctívaga de Gólgota, o espectro de Lilith que sempre está a rondar o morro dos túmulos com o seu manto azul escuro em que cintila as sombras das lágrimas do firmamento.

No tabuleiro universal da irmandade ela é o lado negro da própria bondade em representação a mãe doida de um filho abandonado cuja lógica é o querer embalsamado de irracionalidade nas noites tristes em que não há estrelas ao redor da lua. Em seus atos sempre está implícito o conflito da cromoterapia contra a alvidez da pele na qual o coração é o maior dos maiores reinos das trevas.

Três forasteiros montados a camelos ganharam as suspeitas da sua herança sanguínea patrilinear. E para cada parte do seu embrião gerado em suruba, cada um contribuiu com generosidade. A se rastejar pelo chão árido de Jerusalém em meio a arbustos de gramínia, a sua mãe era a serpente negra da cor do asfalto ardente que soltava larvas do rio de Tântalo como uma louca que durante a noite falava com a lua, mas não acreditava em deus.

A Estrela da Morte começou a sentir inveja de todo o invejoso que não a invejava quando foi descoberto que a ponta do dedo que concedeu vida a Adão não era da mão de Deus, e sim, a de um macaco. E para os Cavaleiros da Aurora nenhum Pactum Pactorum poderia mais ser realizado após a descoberta da inexistência da alma.  Um dilúvio de súplicas e santificações por terra abaixo, pois o diabo cuspirá na sua cara.




Heitor Monte Cristo

15 de julho de 2011

Burgueses


Para fazer um ménage, não à toa no dia em que seria o dia mais feliz da minha vida, o Dia Internacional da Água, a Hebe Camargo convidou somente mulheres para participar do seu programa. Uma homenagem ao dia do elemento escasso. Pois fazer mulher calar é a mesma coisa que fechar as comportas da Hidrelétrica de Tucurui. E ainda é necessário um plano de racionamento.
        
O High School Bibas é em Imperatriz do Maranhão. E é daí que surgiu o Bibismo. Graças a programação da Globo, nem todo moleque assume a “situação de homem”. Filmes pornôs viraram moda quando a área própria da evacuação comece a receber carregamentos de grandes toneladas que entram e saem com mais solides do que as fezes. E cada vez mais meninos se acostumam a fazer isso consigo mesmo. Freud discorda. Foda-se o babaca.
        
Em um mundo do acaso, se a religião diz uma coisa, a natureza outra e ninguém ouve nada, pouco importa o que é visto como certo ou errado, adequado ou inadequado. Agora os Emos estão aqui e tudo virou androgenia. Tudo bem! Se não somos nós a obedecer as nossas próprias leis, então quem será que irá nos comandar da próxima vez? Menos mal que seja tu até mesmo quando não se percebe!
        
Em tudo o que fazemos, mesmo não entendendo, está a busca pela essência. Uns cavam para baixo em uma espécie de viagem ao centro da Terra, enquanto outros fazem o movimento para cima rumo ao céu em uma viagem intergaláctica no universo que é infinito. E é sempre quando os ruídos quase que inaudíveis se tornam altos a ponto de ferir os ouvidos é que percebemos o quanto a nossa hipersensibilidade já foi ativada.
        
A vida não gira em torno de moedas, e sim, de estrelas; pois é assim que se faz um belo e verdadeiro profissional das atividades artísticas espirituais. No drama do sexo, enfim pode-se acordar do pesado sono do cansaço amoroso e das desilusões.
        
É assim que se fazem menos que os burgueses continuando sem saber se o que acontece era o que realmente tinha que acontecer. Mas agora com a certeza absoluta de que o que aconteceu, depois que aconteceu, passou apenas a ser o acontecido.


Ricardo Magno

6 de julho de 2011

G17: Orgia em motel termina com uma mira na goela




Pior do que leite de soja. Uma fatalidade da porra! Pois se a Garganta fosse um pouco mais Profunda o incidente poderia ter sido evitado. Mas não adianta avisar! Quase todas as mulheres são assim: dá-se uma bola e logo elas se acham no direito de arrematar todo o saco escrotal. Neste episódio não foi diferente. Uma tragédia sexual a provocar a morte de uma mulher. Durante a prática oral, na reta final da relação, ela teria se engasgado com o esperma do amante.

Como em uma piada tragicômica, o amante tinha 29 anos, seis de celibato, e muita gala reprimida. Ao perceber que a companheira tinha se engasgado ligou para os funcionários do motel, e em seguida para o marido dela, de tão desesperado que estava, usou o celular dela e ligou até para o cara. Chegou a gritar no telefone: “Corre, vem pra cá que sua mulher está morrendo engasgada com o meu sêmen!”, disse o amante, sem nenhum tom de chacota ou deboche.

O marido, agora viúvo, não podia acreditar que realmente se tratava da ligação de um amante da sua esposa. Ingênuo ou mesmo não querendo acreditar na fatalidade vergonhosa, pensou que era trote e desligou o telefone. Em seguida, uma nova ligação. Desta vez os funcionários do Motel confirmaram a tragédia, o que fez, por fim, o traído acabar se convencendo da infeliz verdade em que ele havia sido o eleito desta múltipla má sorte.

Na busca pelo nexo de ligação entre os eventos catastróficos do acontecido, a Polícia abriu inquérito, B.O e corpo de delito para apurar o caso e comprovar a causa-morte, e de quem realmente era a gala. Prometeram guarda segredo quanto aos nomes dos três desgraçados. A Delegada responsável disse que só iria falar após concluir a coleta do material acusado.

Com a brincadeira, a notícia passou a ser replicada por todo o interior do estado, e novas histórias começaram a rolar com garotos morrendo masturbados. A onda de casos semelhantes ficou tão grave que a UNICEF foi obrigada a constatar que o alimento mais nutritivo do universo é o pênis. A entidade teve que comprovar que este membro utilizado em excesso ou se tentarem engoli-lo muito rápido poderá dar consequências a acidentes muito graves. 

Depois de a perícia detectar tanto liquido no local, levantou-se a dúvida se ela teria morrido engasgada ou afogada. Em reconstituição ao fato, os criminalistas chegaram a conclusão de que após o primeiro litro de sêmen despejado ele teria a matado enquanto ela morrido, ambos na tensão de um prazer explosivo que trouxe efeitos contrários nos excitados.

Um terneiro na marca do boquete! Uns começaram a desferir esta piada. E só não deram farinha para ela desengasgar porque ficaram com medo da mistura se tornar uma grande gororoba. Então o bolo de gororoba levaria ao fim a mulher encharcada de sêmen em uma goela lisa.




Heitor Monte Cristo