19 de julho de 2010

Mural das explanações

Abster-me dos males da Terra e recôndito dentro de mim me tornar um novo homem. Pois o bardo não pode ser um pássaro preso na gaiola da vida, mas de certo, ele é uma alma presa na gaiola do corpo.


Que o homem pleno se faça homem e que o homem se faça pleno.


Quanto mais faço o bem mais me sinto próximo de deus. Sei que a escada é longa, e por isso quero ajudar o máximo de pessoas possíveis para logo me encontrar com o pai.


Minha sede de deus é tão grande que prefiro correr o risco de um dia descobri que ele não existe a me deixar levar por mentiras; pois nem sempre que se fala de deus necessariamente esta se falando de religião, mas de certo, sempre que se falar de religião estará se falando de deus. Não existe um vínculo indissolúvel de deus com a religião, mas onde houver uma religião é indispensável que se tenha um deus. É a fé como uma muleta!


Bendito é o deus que não tem ouvido mas me ouve, que não tem voz mas fala comigo. Louvado seja a tua face invisível que se faz presente em todas as coisas do anonimato, o teu gosto discreto pela sutileza e a engrenagem miraculosa através da qual se faz firme a tua vontade.


Que bom seria se tudo só dependesse de mim enquanto o destino joga bola. Mas o que mais me apavora é a ação de uma força externa que demora, a vulnerabilidade do acaso que me controla e a incerteza do futuro que me devora.


Talvez meus defeitos sejam minhas maiores dádivas e por isso as pessoas se sentem tão incomodadas. Pois o que não podemos fazer, deus, por natureza já nos impossibilitou de fazermos, mas o que não querem que façamos, ai já é uma questão de controle social.


Não há grande homem sem grandes provações e somente quando me desprender de tudo é que tudo vai me pertencer. Conseguir bem mais do que o que quero e alcançar muito além do que imagino.
Os cidadãos fingem se revoltarem contra o que está errado para na verdade se revoltarem contra o que não os favorecem, e acabam se esquecendo que não existe reinado eterno de um homem só que não possa ser compartilhado por todos.




Somente pelo motivo de se querer algo (o desejo) e por meio da vontade é que a coisa se torna sublime. E por detrás de tudo o que se quer é que se esconde o verdadeiro motivo. (Fugir da felicidade imaginável para alcançar a despretensa felicidade inimaginável).


Não se evita a derrota, apenas se adia a vitória. Não acredito que o que acontece é o que deveria ter acontecido. Simplesmente vejo o que acontece como algo que aconteceu.


Numa crise de identidade, o meio nos força a sermos quem não somos. E nos tornamos pior do que o que somos, nos tornamos pior do que o meio.
Das virtudes mais belas, ou os outros vêem ou aqueles que as têm não podem dizer nada. E se a morte não for um alívio ao menos será meu maior desdém.

Ricardo Magno

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