9 de julho de 2010

A Capital do Não!

Não seria surpresa nenhuma se os Ludovicenses recusassem a divisão do Maranhão. É que historicamente eles têm essa postura mesmo, opositora, conservadora e contra movimentos emancipacionistas, a exemplo das lutas pela independência da província e do processo de adesão à independência do Brasil.

Em ambos, os movimentos surgiram do interior do Estado para a capital, sendo que os ludovicenses eram contrários, em vista do estreito laço que mantinham com a metrópole – Portugal – no qual produzia lucros somente aos comerciantes da província. Ou seja, guiados por ideais de usura e avareza, os ludovicenses acharam melhor ficarem subjugados a uma realeza que só queria explorá-los a confrontá-la junto com o restante das províncias. Uma postura bem reacionária!

Mas como o Maranhão é um estado imenso, a força do interior se sobrepôs à irracionalidade e mesquinharia de São Luís, e em 1824, com um ano de atraso, declarou a independência do Brasil. Pioneiro em tantas coisas que fica até difícil enumerar, aqui o Maranhão também foi o último a declarar a emancipação. Se dependesse somente dos ludovicenses até hoje estaríamos pedindo benção aos portugueses. Como São Luís estava equivocada!

Ao contrário de uma ilha isolada, Imperatriz se situa no meio de riquezas e é fonte de potenciais pujantes. Nas margens da BR – 010, o fácil acesso a liga com os demais centros atacadistas e agropecuários do sul e sudeste do País. Pouco a pouco vem se destacando como pólo intelectual através da chegada de inúmeras instituições de ensino superior. A proximidade com o Pólo Siderúrgico de Açailândia, a influência das imigrações de sulistas, fizeram de Balsas e Fernando dos Nogueiras uns dos maiores produtores de soja do País. Ambas no sul do Maranhão, só privilegiam ainda mais Imperatriz enquanto São Luís continua exportando todas as riquezas escoadas do interior como ela já está acostumada a fazer semelhante a outros tempos de guerra.




Ricardo Magno

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