23 de maio de 2013

Seu Cosminho: O Confidente




Quando eu tinha uns cinco anos, só andava acompanhado da minha mãe.
Se por acaso eu me perdesse, ela já me achava bêbado. Minha mamadeira era uma latinha de cerveja. Quando eu era criança, cheirava as calcinhas das meninas. Fingia que estava dormindo, espera elas entrarem nos sonhos, e dava o beijo de boa noite em suas pererecas. Elas sabiam o que eu fazia. Sonhavam comigo. Mas cadê o ônus da prova? Se homem nasce macho, assim eu era. Nas sextas, sábados, domingos e feriados... Todos os dias, da Semana Santa ao Dia de Finados.

A medida que fui amadurecendo, meu pênis foi se transformando em roleta russa. O desejo comum dificilmente me excitava. Carregava balas de esperma num tambor que era o saco. Mas tinha limites. Nunca gostei de chuva dourada. Se bem que um dia poderia vir a calhar... Um liquido quente esquentando a cabeça da rola.



Heitor Monte Cristo

7 de maio de 2013

Palavras do Futuro





Como uma parte direta de deus, uma poesia nunca começa e nunca termina, infinita e eterna como as propriedades do todo poderoso.

 Na desorganização das palavras, se encontra a poesia mais perfeita. Junto do anarquismo dissonante, do dadaísmo randômico, se encontra a liberdade como força de expressão artística mais sublime.

 Digerindo leis e acreditando no absurdo, sem usar a fé como muleta, os homens podem chegar mais próximo de deus, sem serem cem por cento idealistas.



Heitor Monte Cristo

2 de maio de 2013

O Tesão do Álcool




“Bilotinho Rosa”


Eu tava bebaço, no puro tesão do álcool, quando me aparece aquela princesa trecheira. Bar vazio. Já com uns dois mangos na cara, enxergando tudo enviesado... A deusa bacante arregaça a saia, na minha frente! Pelos dois caminhos das conexões nervosas, foi o meu pau que receptou a sinapse primeiro. Eu suava feito um porco! Limpei os óculos embaçados, mirei a “visão de raio bêbado” no meio da mata – sem nenhuma vergonha, descaradamente – e achei o “bilotinho rosa”. Não resisti e pergunta para ela:

EU: - Ei! A senhora é do IBAMA?
ELA: Não, meu fio! Por quê?
EU: Vai gosta de mata assim lá na “caxa” prego!
EU: - Ei, “muié!” Como é que eu faço pra colocar esse “bilotinho” pra dentro?
ELA: - Sei não “mosso!” Mas o “siô” qué tentar com esse seu “bilotão?’
EU: Só se for agora! Como diria Luís Gonzaga: “! Mulher querendo é bom demais!”


Heitor Monte Cristo