19 de julho de 2010

UM ORGULHO, DOIS PRIVILÉGIOS E AS DÁDIVAS

Meus amigos! Sempre que os trilhos de um caminho acabam, surgem novos trilhos e a vida continua com esperança. Aqui quem vos fala não é o poeta e muito menos o escritor, é o amigo! Bom, velho e sempre amigo. Danem-se os rótulos! Como diria Foucault, eles só servem para nos limitar e eu odeio estereótipos. Eu não sou nada! Eu não escrevo nada! E se um dia me tornar algo, não passarei de um membro das mais diversas classes paradoxais. Esse é um dos meus sonhos e minha grande utopia. No mais, apenas desenvolvo manuscritos. Literalmente manuscritos! Só isso e nada mais. Mas a verdade é que quando ninguém nos entende e nem nós entendemos a nós mesmos, é do lado de vós que sempre me encontro. Quando recoloco o copo de cerveja na mesa, são as vossas feições que vejo antes de tudo. E isso me enche de um imenso ORGULHO!


“Qual é o teu nome? Me diz, qual é o teu nome?”


Só suporta a realidade aqueles que não suportam os sonhos. E é por detrás de um sonho que se esconde o verdadeiro motivo. “Qual é o teu nome?” Quer saber qual é o teu nome? Teu nome é: meu amigo, primo e irmão. Teu nome é: MEU PRIMO-IRMÃO! Isso é um grande PRIVILÉGIO! Do mais, para mim pouco importa do que te chamam porque eles não conhecem tua alma e nem ouviram falar do labirinto em que tu se meteste. O conselho que te dou, se a mim for permitido dar um, é: Mete a cara no mundo! Abraça com toda força tudo o que poderes alcançar, abarca com toda a alma tudo o que ninguém consegue imaginar. Pois é lá que está teu tesouro e será lá que um dia iremos nos reencontrar.


“Na ponta da tua caneta sai fogo e paixão, traçado por linhas invisíveis codificadas para bons corações”.


Quem me ver não me olha e quem me olha não quer me enxergar. NA PONTA DA TUA PALHETA SAI POESIA E CANÇÃO, DEDILHADAS POR MÃOS MÁGICAS E ECOADA POR UM BRUTO CORAÇÃO. Igual a uma criança que apronta e mal sabe que cometeu uma travessura, assim és tu meu bom Brutão. Um felino de pequeno porte num corpo de leão. Um personagem da Liga da Justiça, o mesmo e sempre irmão. Faz farra à semana inteira para no sábado fugir do corisco do velho Rôdão. Meu bom Brutão! Se eu tivesse que fazer um transplante de coração, eu desejaria que fosse o teu. Se eu tivesse que ter um carro, eu desejaria que fosse o caixinha de fósforo. Se eu tivesse que dar um trago, eu pegaria do teu cigarro. Se eu tivesse que tomar um gole, eu beberia do teu copo. Mas se um dia eu tiver uma filha, o nome dela será Elise. Um PRIVILÉGIO te conhecer e depois saber quem será ela.


Após tudo isso, me digam se viver não vale a pena?!?!? Com o tempo, aprendi que foi dos infortúnios que surgiram minhas maiores DÁDIVAS. Que nós aprendamos juntos e que nunca acabem as belas amizades. Enquanto isso, em meio às “verdades”, finjo algumas gargalhadas e arrasto o corpo com a ajuda da alma.




Ricardo Magno

Imperatriz, 24 de dezembro de 2008.

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