19 de julho de 2010

Unio mystica

Lá vai mais uma metáfora chata sobre a vida. Nesta eu a identifico semelhante a um cigarro cujo as últimas tragadas são sempre as melhores, embora também sejam as mais amargas. Ou vocês nunca assistiram ao Curioso caso de Benjamin Button. Então! Benjamin Button é a prova literária e metafísica de que o corpo envelhece à medida que a alma rejuvenesce. E lembrem-se que em si tratando de metáforas nunca devemos deixar escapar de nosso crivo examinador o fato delas sempre estarem carregados de um enorme teor de personalidade e parcialidade.


Como pode meu cachorro ser tão feliz mesmo não sabendo o que é felicidade? Vai ver que é por causa disso ou sou eu que não compartilho de suas lástimas. No meu caminho, o desejo de chegar se faz como se fosse o meu guia. Cada noite pode ser a última. Por isso, amem igual aos bons amantes que em todas as noites se despedem achando que foi pela última vez.


O que escrevo pode ser uma merda, mas é uma merda que somente eu sei fazer. Quando nem eu mesmo posso ser um porto seguro para meus amigos, em quem realmente poderemos crer se às vezes até meus pais se decepcionam comigo e eu com eles?


Enquanto isso, ponho uma música e a deixo dançando sozinha no instante em que vou dar uma volta no baile pra ver se ela para de brincar, e quem sabe, pra encontrar alguém que queira jogar de verdade. Meu jogo é não jogar!


Me dá uma página pra escrever é a mesma coisa que me por dentro de uma lata de sardinha, é a mesma coisa que tentar enlatar meus pensamentos. Se vós estais preocupados em descansar, então me desculpem, meus amigos! Pois eu não escrevo para leitores preguiçosos.



Ricardo Magno

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