Allen
“Gaynsberg” (Ginsberg). Jack “Keeramacho” (Kerouac). E William “Berrounascalças”
(Burroughs). Nem chegavam na sola de sua alpercata. Ele era o bicho do “zovão”
da “mísera”! Enquanto todas as bucetas do universo apontavam para outro
planeta, ele fazia questão de seguir o reto ao orifício do Sistema Solar. E
ficava sob aquele sol escaldante, sentando em asfalto quente... sem fazer nada.
Só ficava sentindo o frigir dos “zovos”. E quando os espermatozoides gritavam
bem alto, ele batia uma para vos livrar de morrerem “CÚn-zinhados”. Como quem
choca ovo em cú de calango, assim ele sentava sobre suas cabeludas e suadas
bolas. A diversão era contar caminhão! A
adrenalina era pegar “sujesta” de traveco no Posto Santa Tereza. Realmente era
um “fia duma égua”. Só que nem ele e nem a égua, sabiam da relação.
O
pensamento tinha a clareza da luz de um lampião. A velocidade de um “espirro”
de pica! Não podia ouvir um peido que corria o mundo besta no fio de carreira
de uma jumenta. Cacto era flor enquanto urtiga era uma plantinha engraçada que
não parava de fazer “cosca”, mesmo depois que sangrava. Mal amanhecia e ele já
refletia sobre questões primordiais da vida: “Por causa de quê o calango,
quando pegava na carreira, parecia uma mulher de salto alto?” E lembrou-se de
seu avô. Um cabra macho! Que ele nem viu morrer. Mas mesmo assim, associa essa
“façanha” com umas palavras esquisitas da gringa que morava dentro da tevê:
“Bon Voyage!”
Pois
a morte, para aquela mente tão subnutrida e imagética era o mesmo que brincar
de pique-esconde sem nunca ser descoberto. Na escola, lembra que a “fessôra”
falou que o “brazil” tava “mortu!” Até “os portuga” nos descobrirem. E ele
sabia, tinha fé no Senhor!!! Que um dia, mais uma vez, ele pediria a benção ao
seu vovô.
R.M