2 de outubro de 2013

Geração “Arre-BEAT”



Allen “Gaynsberg” (Ginsberg). Jack “Keeramacho” (Kerouac). E William “Berrounascalças” (Burroughs). Nem chegavam na sola de sua alpercata. Ele era o bicho do “zovão” da “mísera”! Enquanto todas as bucetas do universo apontavam para outro planeta, ele fazia questão de seguir o reto ao orifício do Sistema Solar. E ficava sob aquele sol escaldante, sentando em asfalto quente... sem fazer nada. Só ficava sentindo o frigir dos “zovos”. E quando os espermatozoides gritavam bem alto, ele batia uma para vos livrar de morrerem “CÚn-zinhados”. Como quem choca ovo em cú de calango, assim ele sentava sobre suas cabeludas e suadas bolas.  A diversão era contar caminhão! A adrenalina era pegar “sujesta” de traveco no Posto Santa Tereza. Realmente era um “fia duma égua”. Só que nem ele e nem a égua, sabiam da relação.

O pensamento tinha a clareza da luz de um lampião. A velocidade de um “espirro” de pica! Não podia ouvir um peido que corria o mundo besta no fio de carreira de uma jumenta. Cacto era flor enquanto urtiga era uma plantinha engraçada que não parava de fazer “cosca”, mesmo depois que sangrava. Mal amanhecia e ele já refletia sobre questões primordiais da vida: “Por causa de quê o calango, quando pegava na carreira, parecia uma mulher de salto alto?” E lembrou-se de seu avô. Um cabra macho! Que ele nem viu morrer. Mas mesmo assim, associa essa “façanha” com umas palavras esquisitas da gringa que morava dentro da tevê: “Bon Voyage!”
Pois a morte, para aquela mente tão subnutrida e imagética era o mesmo que brincar de pique-esconde sem nunca ser descoberto. Na escola, lembra que a “fessôra” falou que o “brazil” tava “mortu!” Até “os portuga” nos descobrirem. E ele sabia, tinha fé no Senhor!!! Que um dia, mais uma vez, ele pediria a benção ao seu vovô.



R.M

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