20 de setembro de 2010

Paralelas

No campo da realidade muitas coisas nos separam enquanto eu só preciso de mais uma crise pra fazer tudo, dentro de mim, voltar para os seus devidos lugares. Minha mãe diz que de um cara incauto quando se encontra a alma gêmea tudo retorna para o seu lugar. Então, sem me preocupar, acho melhor esperar.


Vivendo como um observador silente deste mundo, não é o suficiente para que eu me considere melhor ou pior do que os outros. Convivo com as pessoas mas não me misturo. Assim, ao longo do tempo, consegui me preservar. Que pena! Esta é a canção que toca em meu coração.


Encandear uma série de conseqüências implica em erros. É impressionante como as coisas que mais me preocupam são as que menos deveriam me preocupar. Mas sinto que dia após dia estou me conhecendo mais, e o que me metia medo agora não passam de grandes piadas.


Quanto a mim, acho melhor eu continuar me resguardando no meu escuro. Porque uma idéia, simples e singelo pensamento, são capazes de fazer um enorme alvoroço em meu coração.


Jamais me misturar! Pode ser um modo estranho de se dar com a vida, mas esse é o modo estranho através do qual eu consegui me conservar. Portanto, a me ver, se achar preferível, me de apenas um bom dia ou não diga nada, tanto faz! Mais cedo ou mais tarde, sei que qualquer uma das facas irá cortar minha carne mesmo!


Mas o pior é que a qualquer dia nossas vidas podem se cruzarem, por mais que eu tente evitar o inevitável, pode ser que no infinito a gente encontre um banco vazio pra sentar e conversar.




Ricardo Magno

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