Ela se autointitulava a
reencarnação de Afrodite. Os homens, sem saber, eram o seu sacrifício. Todos os
jovens da ilha já tinham deitado com ela. A madura deusa escandinava gostava
de devorar os neófitas em rituais de acasalamento pagões.
Próximo da cidade, a chácara
era de um casal de coroas hippies, recinto de bacanais. Pasolini perdia feio
com o seu singelo banquete de excrementos. Por detrás dos trapos da mortalidade, a deusa era
uma jovem alternativa moderna cujas indumentárias dos anos 60 dividiam o mesmo plano que o Versace. Asseios e vaidade da mulher contemporânea
em meio a ideologia sexualmente mística e exotérica de Woodstock.
As melhores transas rolavam
ao entardecer como uma forma de culto e louvor ao deus do Sol Amon-Há. Sem
pudor, uns na frente dos outros, fodas no sofá da sala e na varanda da casa rolavam
com a maior naturalidade. E com apenas um singelo toque na pele, donzelas eram
capazes de arrancar litros de leite dos rinocerontes. E havia somente uma forma de deixá-la apaixonada. Era através do ânus, gozar no seu coração para somente assim atingir sua alma.
Ricardo Magno
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