9 de fevereiro de 2011

Odile e Odette







Quando o príncipe não sobrevive é chegada a hora da morte anunciada. Quando um rei não reencontra a sua rainha, cisnes brancos se transformam em nevoada. Com o falecimento do coração, assim pode ser decifrada a maior cosmogonia do sentimento.

No pas de deux do corpo com a alma, ambas esperam ansiosamente pela nossa chegada. E se os vassalos viraram suseranos, pena mesmo dá é de um tal de príncipe Siegfried, que sem saber, optou em casar-se com um fantoche por não reconhecer a sua princesa no mais belo dos lagos. Pena mesmo eu tenho é de um tal de Siegfried!

A princesa Odette e todo o seu séquito, presas sob a forma de uma ave de rapina, de imediato, enfeitiçadas pela beleza da espécie, quando o próprio príncipe, sem saber, decidiu caçá-las. Mas agora é somente na dança com o cisne negro que se decidirá todo o tipo de sorte da realeza e a sua amada.  

Para se vingar dos dois, um velho mago então decide inundar as margens sujas do charco, no qual Odette e as suas donzelas logo se transformariam em cisnes. Então o príncipe tomado pelo desespero de perder a amada se afoga nas profundas e turbulentas águas do lago dos cisnes. O príncipe não sobrevive. Então é a morte de amor!

Surge assim a grande explosão do fenômeno da degradação das linhas espectrais da luz de duas almas até, propriamente dito, alcançar o efeito Doppler do mais extremo ao absoluto resultado das lágrimas. Como a essência prescinde de provas e demonstrações concretas, foi através daí que pela primeira vez o universo de duas pessoas teria tido um início e fim por intermédio repentino de uma grande explosão épica.

Foi aí que os corpos celestes dos amados seguiram progressivamente se afastando um do outro para o nada, um do reencontro com a vida e o outro sendo rompido pela morte; com o que facilmente se conclui que, em algum dia, há muito tempo atrás, todos os universos capazes de existir dentro destes seres já estiveram contidos em um único ponto final, e de fatalidade.

Traduzido em números pelos astrônomos do interior, a deduzir-se em uma progressão aritmética que mais tarde foi chamada de Constante de Hubble, que até hoje é a régua cósmica utilizada para confirmar as teorias dos cosmólogos, dentro de um mundo inteiramente perdido por entre o desespero e o sentimento de perda do agora, da amaldiçoada alma restante desumanizada.

Além da origem física a partir da matéria inanimada de dois seres, ocupa-se também a origem da vida, na questão do mito, como um relato de histórias em um universo puramente fantástico, onde o casal nobre e real um dia teve o simples e mais mortal dos mortais desejos de apenas poder firmar a sua prole.

No entanto, até acontecimentos históricos podem se transformar em lendas, se adquirem uma determinada carga simbólica para uma dada cultura sendo arquétipos comuns para a humanidade toda como o ovo cósmico ou um deus qualquer assassinado.
Num processo de procriação comum a partir de Apsu e Tiamat, acabaram por criar em seis dias os seis deuses que representavam os principais fenômenos do universo; por sua vez, a consolidarem o restante do mundo, a iniciar por Marduk, que depois de derrotar Tiamat, criou a terra com as partes desmembradas de seu corpo e os homens com o seu sangue.
Assim é o elemento masculino das águas doces na junção com o feminino que representa o oceano e o caos. Eles geram um filho que não pode ser nada mais, nada menos do que a morte como a forma, meio, início e fim de todas as tragédias verdadeiramente amorosas.


Ricardo Magno

2 Comentários:

Unknown disse...

(Champagne Supernova - Oasis)


Quantas pessoas especiais mudam?
Quantas vidas estão vivendo estranhamente?
Onde você esteve enquanto nós estávamos nos drogando?

Andando vagarosamente pelo corredor
Mais rápido que uma bola de canhão
Onde você esteve enquanto nós estávamos nos drogando?

Algum dia você me encontrará
Preso embaixo de um deslizamento de terra
Numa Supernova Champagne no céu
Algum dia você me encontrará
Preso em um deslizamento de terra
Numa Supernova Champagne
Uma Supernova Champagne no céu

Acorde o amanhecer e pergunte a ela por que
Num sonho de um sonhador ela nunca morre
Limpe aquela lágrima agora do seu olho

Andando vagarosamente pelo corredor
Mais rápido que uma bola de canhão
Onde você esteve enquanto nós estávamos nos drogando?

Algum dia você me encontrará
Preso embaixo de um deslizamento de terra
Numa Supernova Champagne no céu
Algum dia você me encontrará
Preso em um deslizamento de terra
Numa Supernova Champagne
Uma Supernova Champagne

Pois as pessoas acreditam
Que vão viajar para o verão
Mas você e eu, vivemos e morremos
O mundo ainda está girando
Não sabemos porque
Porque, porque, porque?

Quantas pessoas especiais mudam?
Quantas vidas estão vivendo estranhamente?
Onde você esteve enquanto nós estávamos nos drogando?

Andando vagarosamente pelo corredor
Mais rápido que uma bola de canhão
Onde você esteve enquanto nós estávamos nos drogando?

Algum dia você me encontrará
Preso embaixo de um deslizamento de terra
Numa Supernova Champagne no céu
Algum dia você me encontrará
Preso em um deslizamento de terra
Numa Supernova Champagne
Uma Supernova Champagne no céu

Pois as pessoas acreditam
Que vão viajar para o verão
Mas você e eu, vivemos e morremos
O mundo ainda está girando
Não sabemos porque
Porque, porque, porque?

Quantas pessoas especiais mudam?
Quantas vidas estão vivendo estranhamente?
Onde você esteve enquanto nós estávamos nos drogando?
Nós estávamos nos drogando
Nós estávamos nos drogando
Nós estávamos nos drogando
Nós estávamos nos drogando
Nós estávamos nos drogando
Nós estávamos nos drogando
Nós estávamos nos drogando
Nós estávamos nos drogando
Nós estávamos nos drogando

.
Obs.: Eu ia botar só o refrão, mas a letra toda é perfeita! E tem tudo a ver! ;)
Xero, saudade!

Ricardo Magno disse...

Ha Ha Ha! Agora é um texto dentro de outro.