Em versos inacabados,
querendo ou não, o acordo é firmado enquanto enfermeiros da morte estão mais
preocupados é com a última rodada.
Sem o menor senso de
responsabilidade, o porteiro mais parece o filho da puta de um gatekeeper a comandar a barca do
inferno. No antro das bactérias calmamente chupa-se uma laranja no instante em
que o nécta da vida de várias pessoas está indo embora.
O falso sermão é uma balança
com medidas desiguais. Nos momentos raros ao fundo se via um olhar distante nos
primeiros enlaces da partida de xadrez com a morte. E é nas horas impróprias
que ela aparece dona de uma pontualidade britânica. Conhecer o acordo é não
restar a menor dúvida de que o compromisso foi firmado.
Pra fazer piada em uma das
entradas, o compartimento do sabonete liquido, em ondas de calor, serve para o
piscinão de vírus e trilhões de bactérias. Em estado de emergência, o relógio
não é mais um aliado. Cada segundo se torna único ao sentirmos a presença de
partículas temporais da infinitésima parte.
Não se conter ao contar é
usar a mesma estratégia de uma represa que abre uma de suas comportas para
conter a enxurrado. E segura-se a bomba igual a alguém que tem a capacidade de
absorver o impacto revertendo todo o efeito da explosão.
No resumo de tudo os dias
passam na folha de um calendário incerto em que cada meia noite nos encurrala
na intercessão da cruz simbólica de uma encruzilhada para um novo dia, aja vida
ou morte, xeque-mate! Simulações não servem. Elas nunca trazem a verdadeira
dimensão da realidade.
No intermédio para a
funerária, o serviço público não serve nem para colocar um band-aid. Reutilizado, o risco é iminente de desenvolver uma
infecção generalizada. Se o sofrimento é inevitável, ali ele se torna uma
certeza e regra absoluta.
Ricardo
Magno
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