28 de julho de 2010

Bate-bola

Deus escreve com ferro por linhas tortas. E sempre que começo a beber o senso de responsabilidade vai embora.
O crime perfeito existe! Só que, como ele é perfeito por não deixar suspeitos, ninguém nunca ficará sabendo. Fator preponderante para desqualificar o ato. Motivo indispensável para não se obter provas de que ele existe.


No bar que eu freqüento enquanto minha mãe chora, um bêbado, metaforicamente, mostra a bunda no instante em que o Tony Blair vai embora.
Marcar encontros com quem não se gosta, posar de namoradinho com quem não se ama, é o mesmo que bancar uma de sentimental em horas impróprias. Mas um bêbado falando de outro bêbado equivale a dois bêbados ao quadrado em meio a um questionamento totalmente inválido. Um bêbado falando com um bêbado a respeito de outro bêbado equivalem a bêbados ao cubo. Somente isso e mais nada. Absolutamente nada!


Eu e meus amigos: Simples fúteis reles mortais! Só espero que eles gostem tanto quanto eu, do elogio, pois foi essa a minha intenção.
Eu e alguns de meus amigos, os simples reles mortais. Somos oriundos de uma parceria inesperada que acaba suprindo os prazeres banais. Porque os bêbados gostam de brincar com a sinuca enquanto o tempo vai embora e juizes se formam. Acorda vadio! É o nome do bate-bola.


O Cambota nunca mata a onze. Segura forte no taco, espirra em cima do buraco e acaba sempre judiando da bola. Ainda mais jogando com o pai da sinuca, rapidamente o tempo desmorona.


Apesar de tudo isso os boatos que correm é que o nosso querido Tony Blair queima a roda no mesmo instante histórico em que o digníssimo Presidente do Paraguai vai à forra. E nada do meu avião predileto chegar na praça.


No entanto, o que nos dá personalidade é perspicaz de homens que se ajoelham para o que está à milhas de distância, quando nem os maiores dos tempos poderiam apagar o desprezo que amarga quando a mulher que a gente ama vai embora. Ou nunca volta.

Ricardo Magno

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