A mídia, os órgãos de segurança pública... Todos sabem disso. Mas tudo bem. Isso não vem ao caso. Até porque não vai de acordo com minha tese. Tudo bem! Deixa pra lá.
A questão é que a caneta é como se fosse o meu colisor de hádrons, no qual cada palavra é um enorme acelerador de partículas, que ao colidir com os átomos na profundeza de cada alma se perdem na busca interna e profunda da existência de outras dimensões e de novos significados.
E de que me valeria escrever se não fosse também para brincar, manipular o imaginário das pessoas? Vossas mentes são os meus deleites. E quando não minto, mesmo assim faço com que se torne quase impossível a descoberta da verdade. Vosso ego é o meu autorama. Corro e derrapo por rodovias deslizantes, quando na realidade é somente um carrinho de plástico que não quer funcionar.
Pra que tantos pecados com tanta diversidade se o inferno e o paraíso forem inverdades? Então, eu precisaria ter nascido com mais uma alma só pra tentar ser capaz de pagar por tanta calamidade.
... Enquanto o que nunca começou também nunca irá acabar e vai ficar eternamente se perpetuando na alma de dois indigentes.
Ricardo Magno
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