26 de julho de 2010

Sonho ludovicense

Engraçado é a graça, mãe das abobadas. Às vezes tenho ódio da vida porque nela vejo meus olhos, a silhueta frágil do meu corpo. Então choro! Choro por muitas vezes saber sem entender o porquê.


Sendo assim, faço qualquer coisa: levanto as mãos, me mantenho distante... E faço isso por apenas fazer mas sem entender o porquê.
O sorriso é fascinante! Nem sempre, às vezes, nas horas em que fascino ou me sinto fascinado. Então me ponho no meio e elas nem me percebem. Sinto graça e descubro o quanto é maravilhoso amar.


Tento conter o ânimo e qualquer outro sentimento que tente fugir. Mas eles são fortes fazendo meu coração palpitar, a corrente sanguínea se apressa me fazendo levemente desmaiar. Quando acordo, me encontro nos meus próprios braços sentado no banco central localizado no final do ônibus.


O carro COHAMA me leva para todos os lugares onde estive nos últimos dias. Ele cessa a minha liberdade construindo uma trajetória e me impedindo de tomar novos rumos.


Em alguns dias, nos dias em que levanto dos sonhos revoltado, o limite Cohama-Deodoro dói mais do que a própria dor se tornando um novo sinônimo de dor. Vejo tantas ruas mas sigo a única sem graça, me familiarizando cada vez mais com seu asfalto enquanto meu coração continua o mesmo, no mesmo lugar sem se mover si quer um centímetro nem pra lá, nem pra cá, me fazendo viver como se não houvesse outra coisa pra fazer, por apenas fazer sem saber o porquê.



Ricardo Magno

0 Comentários: