30 de agosto de 2010

Verdades

Falta de responsabilidade é completamente diferente de irresponsabilidade. Porque o irresponsável tem deveres e se faz negligente diante deles enquanto o indivíduo isento de obrigações tem uma vida ausente de ônus.


Não há construção sem destruição. E o processo se faz através da decomposição, recomposição e composição. Mas ficar todos os dias bebendo pra se autodestruir, nem das cinzas poderá restar algo.


O que faz com que ela goste de mim é o simples fato dela criar inúmeras idealizações onde ela sabe que eu sou dela, mas estando ciente de que não pode me ter. E quem sou eu pra destruir as fantasias alheias? Ela é uma e ela é outra, sendo que ambas são duas pessoas completamente diferentes de todas.


Não sei até que ponto uma pessoa pode gostar de outra, de verdade! Perdi um pouco desse “feeling” e agora tudo me parece bastante cético. Pois atualmente, são vários os fatores que definem o nosso querer, e dentre eles, sem que as pessoas percebam, poucos têm a ver com a verdadeira afetividade.


Então, apesar de ser uma remota possibilidade, pode ser que um dia eu me entregue de verdade, ao não ser se eu nunca consiga gostar de alguém por pura e simples afetividade e se a reciprocidade também não for verdadeira. Do contrário, pode existir alguém com a rara possibilidade de um dia me ter realmente, embora isso não seja mais uma grande dádiva, pois agora sou um homem desvinculado de laços sociais, e é justamente através dessa aura que as pessoas nos consideram como se fossemos cabalmente seres especiais. Portanto, não sou mais!


Sou apenas um cara que nutre a esperança de mais uma vez ser engolido pelo sistema. E que dessa vez eu consiga passar a perna em todos eles. No entanto, é muito chato terminar um relacionamento, em qualquer que seja o tipo de relação, e gostando ou não, olhar da próxima vez para o ser que mais queremos, só que agora, totalmente isento do sentimento de posse, dominados pelos ciúmes que faz frente ao sentimento de obsessão.

Ricardo Magno

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