28 de julho de 2011

A Ferradura de Newton e o Pé de Coelho de Aristóteles



Não há melhor remédio para o alcançável do que nosso próprio esforço em vista do grau de interesse na realização prática e objetiva dos atos. Pois, para tudo o que é possível, o homem que não é preguiçoso e acometido de sabotagens psicológicas, vai lá e faz, deixando somente o resto dos feitos considerados impossíveis a acordo de uma entidade que possa nos ser superior. E mesmo assim, sem saber que era impossível, uns ainda foram lá e fizeram.

É sempre do local mais profundo da alma que nasce o acreditar no simples gesto simbólico de se ajoelhar o poder de se conectar com a entidade mais poderosa da existência humana. E não estando muito convencido disso, outros provavelmente te diriam: “É porque te falta fé!” Mas fé em que? No que pode vir a se tornar o suposto ou em mim mesmo, ora bolas!

Se sentir assim é observar neste sinal religiosamente existencial de reverência cada vez mais a sensação de estar conversando com o espelho, mas, de olhos fechados. E se mesmo assim nessa barganha inconsciente os pedidos se tornarem realidade, então é aconselhável manter a tradição cega e continuar efetuando nesse ato todas as edificações que nos seriam inalcançáveis sem o divino gesto, mesmo que seja mais por superstição do que por fé, no apelo comovente da aquisição do impossível, onde quer que ele se esconda, se é que, em si tratando do possível, o homem vai lá e faz.




Heitor Monte Cristo

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