6 de setembro de 2010

A contracultura

Como poderia ter mencionado o Cidadão de Zé Geraldo: Somente os idiotas se vangloriam de construir coisas das quais não podem usufruir. Do contrário, qualquer manifestação que afete negativamente a auto-estima de um indivíduo, sociedade ou nação deve ser considerada altamente perigoso.

A influência do contingente sulista na nossa região (sul do Maranhão) é tanto benéfica quanto prejudicial ao povo genuinamente maranhense. Enquanto o desenvolvimento econômico continuar sendo provocado pela exploração da mão-de-obra local desqualificada, mantendo-a no limite do papel de oprimida e submissa no berço da própria terra.

O subproduto gerado por esta mecânica opressora e exploratória é uma cultura anti-regionalista causada pelo sentimento de auto-desvalia originado no peito do maranhense: O mimetismo social.

Na maioria das vezes, os investimentos do capital sulista não passam de oportunidades de emprego precárias, contribuindo para o engrandecimento do setor terciário a troca de migalhas salariais. 

Sem acesso a qualificação profissional, os cidadãos mantem-se encurralados quando não muito obrigados ao papel de mais um vil serviçal no imenso exército de reserva. Pior ainda, vitimado pela imobilidade social.

Aqui ninguém é servo ou senhor. Nesta terra florescem os grãos da liberdade cujo sopro se esparrama pelo ar. No nosso império não existe imperadores e tiranos. Todos somos soberanos, pois essa é a terra da igualdade. A verdadeira opressão vem do ato passivo dos oprimidos de sem lutar se deixaram por vencidos.



Ricardo Magno

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