18 de janeiro de 2011

Intermitentes




As pessoas que têm grana se acham mais interessantes do que as outras somente por causa disso. E quem não tem passam a se martirizar simplesmente por crer piamente nisto. Mas se preferir, morra novo como um fracassado ou então velho como um conformado! No entanto, continuarei escrevendo textos fingindo que ninguém nunca foi embora.

Por muito menos eu quero muito mais, embora não seja totalmente correto e muito menos errado procurar somente situações que possa nos beneficiar, (os “feedbacks” capazes de ajudar) o que é uma postura plenamente racional, já que seria o mesmo a fazer de qualquer pessoa, usando ou não a racionalidade, pois, em meio a escuridão o melhor guia da percepção só os instintos podem nos dar.

Entretanto, é uma tremenda covardia fugir das situações indesejadas quando pressentimos que somos os mais vulneráveis. E há muito já se tornou irracional enaltecer as qualidades somente daqueles em que o dinheiro direciona os seus holofotes. Com ou sem grana, nunca devemos agir assim, embora saibamos que todos nós nos tornamos um pouco do que temos como se fosse uma espécie de simbiose materialista. O pior é que isso causa um enorme ressentimento que sem percebermos, vem supurando a alma, tirando o fôlego.

Tentar manter o equilíbrio e não se descontrolar por não permitir se levar pelas circunstâncias tentadoras, não é uma escolha, e sim um caminho a seguir por obrigação! Porque, no fundo, a vontade é sempre a de se deixar levar e mergulhar a fundo em ti por ininterruptas horas. Pois, perante algumas feridas a única possibilidade de cura surge através da resignação.

Porém, de certa forma, temos que nos manter em um “certo controle” que faz com que nos sintamos um pouco doente em meio a tantas ilusões e inverdades conversadas pausadamente, em vista de um contato esporádico a medida em que o momento passa. E o afastamento não é a postura oriunda da verdadeira vontade. É que, em pleno horário comercial pessoas costumam andar nas ruas como se estivessem à passeio.

Mas estando em paz, só não tente me ludibriar ao buscar ler os pensamentos para apenas poder falar tudo que penso. Enquanto isso, só apareço quando acho conveniente aparecer porque sempre que é inevitável o que não é de nosso agrado, facilmente nos adequamos com o seu gosto amargo, a medida que ainda existem idiotas vendo o sexo como uma das formas de saciar o ego, pra depois do coito, saírem deturpando as mulheres.

E se ela fez tudo que tu quiseste, nada seria mais justo do que divinizá-la. Porque nem sempre tudo o que envolve grande prazer é digno de ser compartilhado, se transformando em segredo de Estado. O nosso amor é só nosso! Não interessa o que acontece aí fora. O importante é que o cérebro não pare!



Ricardo Magno

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