10 de janeiro de 2011

Os Dragões e a Independência




Um início sem comemorações ou fogos de artifício. Ele apenas descia pela rua, amiúde, coçando o saco. Pois foi no ano de 1973 que ele se envolveu em mais uma overdose de peidos. O cú peidava tanto que soluçava!

A bexiga se rasgou de rir enquanto o pau achava a maior graça disso tudo. Dois toicinhos pareciam os testículos a serem embalados por uma placenta de esperma no instante em que são ninados na rede nordestina de um saco escrotal.

Contra o próprio dono, a mente dele agia igual a um sistema operacional louco. E para achar a solução disso, haja hardware! Mas eles são todos iguais. O mesmo estereotipo, tênis da Nike, (O que dá choque!) camisetas de times internacionais (Só porque está na moda. Mas, qual moda?); enquanto ele não conseguia esquecer a imagem de uma mulher de quatro nua em um dos quadros do Monet.

"Que é isso cara? Tomar uísque durante o horário de serviço e transformar o conservadorismo em anarquia? Acorde cedo e trabalhe como um Zé Mané!"

No termino, não houve choros e lágrimas e muito menos ligações desesperadas a irromper a madrugada. Com o estampido de um estouro silencioso por dentro, cada um seguiu o seu caminho fingindo nunca ter acontecido nada.

Dos piores, o melhor. O mataram! Há muito tempo se ouvia difamações a seu respeito. Esperaram ele crescer, se desenvolver e estudar. E ai então o levaram até ao extremo da vida. Só sei que o mataram! De mentiras, com farpas, carne envenenada ou mil coronhadas, o mataram. Logo ele que era tão bom.

Agora eles agem como dois estranhos na parada de ônibus, enquanto um continua lá e o outro aqui, sem que os atuais saibam. Por isso, de agora em diante, o príncipe se sentirá sempre tentado a espera de nunca vir a deixar de ser sapo na ânsia de constantemente ter alguém que siga ao seu encontro para na utopia de um beijo conseguir transformá-lo.


Ricardo Magno

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