Conseguir iniciar uma conversa já
era metade da batalha. Em pouco dialogo se fazia um totem. Menina-moça!
Família-classe média... Estruturada. Pai bem empregado. Mãe, um exemplo de dona
de casa. Carrinho novo na garagem. Refeições à mesa. Fartas. Viagens para a
casa da vovó todo período de férias. O menino, mal saia do quarto. Ela era a
mais...
Com quinze anos, ela começou a
namorar o filho do melhor amigo do pai. O garoto seguia à risca o protocolo.
Reuniu toda a família para pedir a permissão. Tudo seguia os conformes.
Namoravam na varando da casa. Mal se falavam por telefone em período de provas.
E se ele quisesse um copo com a água, nem passava da sala de estar. E todo
mundo no bairro enchia a boca para dizer: “- Esta é para casar!”...
Heitor Monte Cristo
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