20 de abril de 2013

Mazile-Cortezano... Bianca





Conseguir iniciar uma conversa já era metade da batalha. Em pouco dialogo se fazia um totem. Menina-moça! Família-classe média... Estruturada. Pai bem empregado. Mãe, um exemplo de dona de casa. Carrinho novo na garagem. Refeições à mesa. Fartas. Viagens para a casa da vovó todo período de férias. O menino, mal saia do quarto. Ela era a mais...

Com quinze anos, ela começou a namorar o filho do melhor amigo do pai. O garoto seguia à risca o protocolo. Reuniu toda a família para pedir a permissão. Tudo seguia os conformes. Namoravam na varando da casa. Mal se falavam por telefone em período de provas. E se ele quisesse um copo com a água, nem passava da sala de estar. E todo mundo no bairro enchia a boca para dizer: “- Esta é para casar!”...




Heitor Monte Cristo 



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