Quando
eu tinha uns cinco anos, só andava acompanhado da minha mãe.
Se
por acaso eu me perdesse, ela já me achava bêbado. Minha mamadeira era uma
latinha de cerveja. Quando eu era criança, cheirava as calcinhas das meninas.
Fingia que estava dormindo, espera elas entrarem nos sonhos, e dava o beijo de
boa noite em suas pererecas. Elas sabiam o que eu fazia. Sonhavam comigo. Mas
cadê o ônus da prova? Se homem nasce macho, assim eu era. Nas sextas, sábados,
domingos e feriados... Todos os dias, da Semana Santa ao Dia de Finados.
A
medida que fui amadurecendo, meu pênis foi se transformando em roleta russa. O desejo
comum dificilmente me excitava. Carregava balas de esperma num tambor que era o
saco. Mas tinha limites. Nunca gostei de chuva dourada. Se bem que um dia poderia
vir a calhar... Um liquido quente esquentando a cabeça da rola.
Heitor Monte Cristo