Querido Dom! Por mais
persuasivo que o argumento seja, nada do que for dito poderá arranhar vossa
brilhante e tão polida imagem construída ao longo de tantos anos. Até mesmo
porque isso, com certeza, sempre esteve fora de qualquer cogitação.
Querido Dom! Posso até cometer
alguns equívocos, mas não o velho erro de muitos dos cidadãos maranhenses. Não
culparei a vós e nem sequer um indivíduo de vossa trupe por nenhuma das mazelas
de nosso estado. Nada mesmo! Tudo isso ficou clichê demais.
Dom! Entre minhas palavras
não se verá acusações e especulações insidiosas. Bastam as inúmeras conspirações
oriundas do senso comum. Até porque, algumas pareçam plausíveis, já outras não exprimem
nexo! E querido! Aumentar o misticismo em volta de sua aura é o que menos
quero.
Mas escute-me, Dom! Pois se toda essa
calamidade, mesmo que indiretamente, não for de vossa responsabilidade; então
vossa excelência está sendo muito mal assessorada. Porque no “clã baixo”, ninguém
consegue mais ser enganado. Sinal de que vossa influência com “o povo” vem
diminuindo.
Dom! Que a verdade seja dita!
A excluir o bando de abutres babões sedentos por poder que simulam admiração, mas
na verdade eles veneram é a grana. Fora eles, ao subtrairmos esses seres que por
natureza já são subtraídos, ninguém mais se importa com vós. Mas Dom! Não seja
tão cruel consigo.
Porque enquanto o povo pertencer
a um rebanho cujo pastor só se conhece as costas, sempre haverá muito mais a
que se lamentar. Pois o que era para conservar a pureza da flor de Lótus agora
é consumido pela podridão, ficando mais sujo do que o pântano. Dom ou Dono?
Benção ou maldição? Esse não era para ser o dilema de muitos dos mais
brilhantes homens da história da humanidade.
Ricardo
Magno
1 Comentários:
Maldito dON! sonho, a cada dia, em ver-te queimando, lentamente, em praça pública, juntamente com teu brilho criminoso, tu inteligência criminosa, tua ância assassina e tua áura à base de sangue e torpeza.
Maldito dON! Será que eu e o teu Maranhão não podemos sonhar?
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