7 de julho de 2010

No Beco da cultura regional

Um tradicional espaço cultural onde cantores regionais se apresentam em um beco de razoáveis dimensões ao lado do Teatro Ferreira Goulart. Devido à sua localidade, o bar teve como nome de batismo “Beco”, lugar no qual os amantes de MPB, samba de raízes e músicas da terra se encontram todas as terças para prestigiarem artistas da cidade e região. Devido a isso, o ambiente é sempre freqüentado por professores e estudantes universitários, artistas de variados tipos, militantes político-culturais e admiradores dessa vertente musical.
Além da música, da cerveja e do ambiente regional, os visitantes também podem desfrutar de comidas típicas preparadas em uma cozinha aberta, exposta aos convivas que assistem às apresentações. Nenê Bragança, cantor regional e umas das estrelas a sempre passear pelo local, afirma: “Minha vida toda foi essa, além dos festivais tinha o barzinho também que eu ainda hoje faço muito”.
No centro da cidade e contando com um grupo de artistas que sempre se reuniam por ali, logo o recinto chamou a atenção das pessoas que se sentiam carentes de um espaço onde fosse possível beber, conversar e ouvir uma música diferenciada, como assim relata o professor de Geografia Helton Coelho: “Eu freqüento o Beco por que lá encontramos as coisas que dão significado cultural para nossa cidade”. Antônio Carlos, estudante de Matemática da Uema e freqüentador enfatiza: “Imperatriz necessita de mais lugares como o Beco: válvulas de escape onde possamos fugir do modismo, e quem sabe, nos encontrarmos com nossa própria cultura, construindo-a aos poucos”.
Mesmo sendo estreito, o lugar oferece certo aconchego familiar, por conta do atendimento e das irreverências de Carlos Augusto (organizador e responsável), apelidado carinhosamente de “Lambal” e condecorado com o titulo de mestre “ ambas”. Ele e seus comparsas (no bom sentido!) somado ao clima pacífico que paira no ar, fazem do Beco uma excelente atração cultural, de lazer e entretenimento onde o público de gosto mais refinado pode suprir suas exigências. Hoje, o Beco se chama Galeria João Cortez em homenagem ao artista plástico e escritor da cidade, falecido por conseqüência do vírus HIV. A galeria irá propor, futuramente, a exposição de quadros, livros, dentre outros trabalhos envolvendo criações artísticas da região.




Ricardo Magno

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