30 de agosto de 2010

O caderno

O caderno é o único confidente de minhas verdades. Não tenho medo de mostrar a ele quem realmente sou.


Descrevo em seu rosto todas as minhas máscaras, lhe conto tudo o que sei e lhe pergunto sempre o que gostaria de saber.


Falo a verdade como se fosse mentira, pois o manipulo do jeito que gosto e faço intriga na sua barriga.


Mas hoje à noite quero guardar tudo o que sinto somente para mim, porque descrever a alma é como se despir para a vida.


O dono das respostas é o criador das perguntas e quanto mais vivo mais pareço estar fazendo o que sempre foi feito.


A moldura da minha forma ficou distorcida no tempo e não estou triste por estar morrendo. Aprendi a aceitar as derrotas vendo os outros perdendo.





Ricardo Magno

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