6 de setembro de 2010

Especial

Eu penso que penso e eu conto os pensamentos. Conto o que penso, eu penso estar contando. À procura de tudo o que deveria me achar, lutei exaustivamente contra o cansaço. Me tornei irreal.

Senti minha casa vazia, minha vida sem graça e nenhum dos meus pedidos se realizarem. Fiz a pergunta errada ou será que para ela não há resposta? Seja como for, devo seguir o caminho.

Gostar por gostar, beijar por beijar, tudo isso seria muito deprimente. Pois só se sente o sabor da fruta quando desejamos verdadeiramente saboreá-la.

Da vida que sonhei, do ponto onde cheguei, tudo é inimaginável. Um afago, se perder por entre braços, caminhei o mais distante e ninguém estava lá.

Ao tentar corrigir o universo dentro de mim, um mar azul iluminado por estrelas belas, me impôs seus erros. Montei e desmontei quebra-cabeças mentais dos quais em nada adiantou. Me enchi de insatisfação, pus em mim a culpa, senti o peso do universo e em nada adiantou.

No mundo da imaginação atravessei várias ruas sem sair de casa. Tinha medo de falar, não tinha coragem para assumir, fugia das respostas, simplesmente precisava de uma mulher especial.





Ricardo Magno

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