10 de novembro de 2010

Arthur Azevedo by Overmundo

Nascido no Maranhão, foi no Rio de Janeiro que se consolidou como jornalista, contista, poeta, crítico teatral e dramaturgo. Foi continuador de Martins Pena e França Junior, fez sucesso escrevendo para o Teatro de Revista e deixou duas grandes obras-primas da comédia de costumes brasileira: Capital Federal (1897) e O Mambembe.
Suas peças retratavam o cotidiano da vida carioca e os hábitos da capital: suas histórias exploravam as infidelidades conjugais, os namoros, as relações de família e tudo o mais que se passava nas ruas e na vida do Rio de Janeiro. Com um extraordinário frescor, suas peças ainda funcionam nos palcos até hoje pela graça e pela agudez que retratam as situações do cotidiano.
Homem de teatro foi um admirável batalhador do movimento cênico. Consta na Wikipédia: Escreveu cerca de duzentas peças para teatro e tentou fazer surgir o teatro nacional, incentivando a encenação de obras brasileiras. Como diretor do Teatro João Caetano, no Rio, encenou quinze originais brasileiros em menos de três meses.
Lutou pela construção do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, obra que não viu inaugurar.
Ocupou a cadeira 29, cujo patrono é Martins Pena, da Academia Brasileira de Letras.
Em 1903 escreveu uma espécie de epitáfio:
“Quando eu morrer, não deixarei meu pobre nome ligado a nenhum livro, ninguém citará um verso meu, uma frase que me saísse do cérebro; mas com certeza hão de dizer: Ele amava o teatro, e este epitáfio moral é bastante, creiam, para a minha bem-aventurança eterna.”
Morreu em outubro de 1908, no Rio de Janeiro.
Fecham-se as cortinas.
Aplausos, por favor.

0 Comentários: