28 de julho de 2010

Alma nua

Enquanto todos se preocupam em usar as roupas mais bonitas, minha alma não suporta andar bem arrumada. É que ela só gosta de andar nua pelas ruas, avenidas e bairros da consciência mundana.


Refazendo minhas ligações libidinais, pretendo me ligar a te como se tu fosses meu objeto natural. É que a noite passa muito rápida para quem adora passá-la em claro. Pois contigo, todas as inferências são verdadeiras enquanto formar nuvens é sinal de que vai chover.


Tu és minha e de mais ninguém! Tu és minha como se nunca houvesse sido de outro alguém! Beijar todo o teu corpo até que não restem mais outras impressões! Alinhar duas vidas e pôr distintos destinos na mesma batida.


Confesso que às vezes minha força oscila mas seria mentira se eu não vos dissesse que ela sempre se mantem constante. E isto é o que importa!
Com o uso da introspecção, obtenho o retorno ao grande câncer num caminho de volta pra casa enquanto apenas um sorriso me bastaria igual a um estandarte de realizações, insígnias de minhas satisfações.


Mudam-se os estímulos, mas as respostas continuam as mesmas! Na busca pelo extraordinário, acabei adquirindo muitas feridas, embora pudesse desvendar o limiar das coisas para não ultrapassá-las desnecessariamente.


Na busca por experiências autenticas acabei me desvinculando das pequenas e valiosas engrenagens, seguindo sinais como quem não tem nada pra fazer e fica pegando carona em rabo de cometa.



Ricardo Magno

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