9 de agosto de 2010

Bacamarte celestial

“Na ponta da tua caneta tem...” Esta é a frase mais difícil da minha vida. Talvez por ela não ser minha, talvez por ela ser a meu respeito, talvez por ela se tratar de uma bela homenagem.


O que irá vencer no final? A ambição ou a comodidade? Enquanto cruzar meus braços e não fizer nada, vence a comodidade. Isso é o que diz a lei do menor esforço.


No universo performático dos códigos binários, ultrapassando as fronteiras maleáveis da cibercomunicação, só preciso de um maldito hipertexto para expor meu coração.


Acreditar que o impossível é viável, às vezes é a melhor forma de se sobrepor ao tédio à medida que o palhaço não conhece a si mesmo por estar sempre fazendo graça.


Tanto mar para poucos barcos, tanta ventania para pouca chuva enquanto o pornô se adequa bem a esse novo e velho ordinário tempo.
A rigidez do ferro está me matando, pois diante da incapacidade de ter aumenta o querer. Ter o teu trono, teus castelos e teus criados para confirmar que um rei nunca perde a majestade.


... No entanto, dentro de minha caneta, levo a alma. E através da ponta, exprimo e espremo tudo o que sinto, chegando até a ressuscitar partes mortas.



Ricardo Magno

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