20 de setembro de 2010

Olhos alheios





Depois do primeiro beijo não há mais como voltar. De tanto tentar cessar minhas emoções, acabei descobrindo que os sentimentos são inalienáveis. Entretanto, foi justamente através do método de tentativa e erro que pude chegar a entender o modo como alguns deles podem vir a serem dominados. E é daí que extraio minha segurança e minha maior habilidade.


Um encontro verdadeiro! Encontrar, se encontrar, reencontrar, dar e receber, se entregar e conhecer alguém de verdade. Pode ser que tudo isso ainda seja uma verdade, uma perigosa verdade em vista dos riscos das possibilidades. Apostar todas as fichas e pagar pra ver? Pode ser que a vida não seja nada além disso... Talvez aí esteja escondido o maior dos riscos e a grande dúvida: será que valerá a pena? Depende de como será a pena.


É na busca por loucos prazeres que sempre acabo me perdendo na perseguição dos rumores de um novo paradeiro de outros sabores que estejam muito além do delicioso paladar que ela sempre me dá.


Mas, e se nós finalmente encontrarmos “a pessoa certa”, será que ela é realmente a pessoa certa? Ou vai ver que é apenas uma ilusão passageira até que se chegue ao termino do prazo de validade. Não querendo me tornar mais um insensível, o que sei é que a cada dia que passa este questionamento está cada vez mais fora de moda.


E dentre todas as poucas coisas que sei, outra idéia que não me sai do pensamento é que o amor nos impõe a duras verdades. Cada qual ao seu modo, correlação a isso não existe a menor dúvida!


Do mais, só espero que escrever supra, de alguma forma, todo o tempo em que não estivermos juntos, porque a dor de romper com quem se ama, aos olhos alheios, pode se assemelhar a perda de um ente querido.



Ricardo Magno

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