6 de setembro de 2010

Sexo molecular




Os másculos pêlos pubianos roçando na bunda. Cada mililitro de saliva babando na cabeça da pica dentro da boca. Assim que a calça baixa, ela começa a desejar. Lindos e sensuais, seus lábios carnudos e brilhantes melecados de gloss mal sabem “bem” o que está por vir. 

Imoral como todos os homens, lá mesmo sob as catacumbas da cueca de um morto que há muito não vê uma vagina tão linda, só de pensar, o pênis já dá duas pulsadas. Agora, de frente para o alvo, com o míssil apontado para a cara barbuda do Osama Bin Laden, mal acreditando no que vê, ele observa o termômetro ferver com a chegada da hora de expelir o mercúrio de leite masculino. Mais louca ainda ela fica.

Por alguns segundos, pensa em recuar. Mas tomar em retirada para que se foi justamente assim que muitos jovens se perderam? Sem pensar, agora o sinal verde está ligado. E ele pode notar que o carro não mais está acostado. A boca dela é a mais perfeita espécie de abobada numa cela macia e quente da cavidade mais confortável em que um pau poderia reclinar. Com a evapotranspiração a mil por hora, cada saliva que cai na cabeça da rola multiplica a hipersensibilidade.

Apenas com uma mão se é capaz de ativar milhões de neurônios. A essa altura, não seria de se estranhar que as veias estivessem pulsando sangue somente para um lugar. E o local do corpo que mais está inflado nesse momento é o que menos tem a ver com o inchaço.

Na realização de longos e profundos movimentos de vai e vem junto de uma cútis excepcional, Salomão teria inveja de tão bela torre de marfim, pois assim é este pescoço retumbante na sucção com lampejos escaldantes no órgão masculino mais externo com a ânsia de um beber recém nascido que mal deixou de ser um feto. Ela chupa tanto que por horas esquece o mais importante que é respirar!

Tão singelos são os dois brinquinhos de argola! Inevitavelmente qualquer alma pervertida ficaria sensibilizada. Mas os infames do momento, as almas devassas dessa vida, já estão contaminadas. Enquanto ela fazia com diligência todo o seu trabalho, fingindo não perceber nada, ele devorava tudo com os olhos.

Os olhos verdes de um masculino bem azulado mais pareciam um semáforo a piscar todo revestido de lágrimas remetendo o imperativo: “Tudo bem, pode avançar.” Sem bater na porta, ele entrou. Bem ao certo como diria Buda, “no caminho do meio”. De quatro, a usar somente a boquinha apoiada na cama com os cotovelos, como quem chupa um doce aos oito anos de idade, ela segui a marcha à medida que o balanço dos brincos ditam o compasso.

De pé e nu na beira da cama, ele obtêm a visão panorâmica da origem da humanidade. E dela ali de bruços, com a xavasca esfregando no cobertor da cama a mudar o aroma enquanto engole a bela piroca. A posição de inocência torna o ritual ainda mais excitante. Com os tornozelos flexionados para cima, no final de tudo, ela lambe. E ele jura ter comido a Lolita por alguns segundos antes do esguicho. Como ele goza!

Minutos após, a língua dela continua a serpentear por toda a extensão de mármore na dureza e opulência que vem a se tornar o genital do homem. A glande fica cada vez mais polida com a fricção da gengiva com a saliva enquanto ela se escova.

No tornozelo esquerdo, só agora ele pôde observar a fitinha vermelha no mais típico estilo vagabunda comprada em sex shopping parecida com a dos bebês para evitar quebrante.

Quebrante? Quebrar alguma coisa? Só se ela arrebentar o pescoço de tanto mamar. Ao contrário da vaca, é que leite de boi já vem pasteurizado.




Ricardo Magno

4 Comentários:

ArmandoCosta disse...

Como sempre meu amigo, você só me surpreendendo, só cometeu esta "gafe". Evapotranspiração é a perda de água do solo por evaporação e a perda de água da planta por transpiração. Esses dois processos ocorrem concomitantemente e, devido à sua necessidade de mensuração (ou estimação), denominou-se evapotranspiração.

ArmandoCosta disse...

agora li ate o final, és um fulero!!! ja vem pasteurizado é?

Ricardo Magno disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ricardo Magno disse...

Há há há! Não querendo transformar a caixa de comentários em um Twitter de discussão, ainda mais com um velho e querido amigo engenheiro agrônomo (muito mais "expert" no assunto do que eu). Pois bem! Na UEMA, em geografia, aprendi que evapotranspiração também é o tempo médio de duração natural que a água leva para evaporar no solo, sob a superfície. Mas vai ver que o problema foi este - não querendo depreciar, mas já depreciando -,eu ter aprendido na UEMA. Minhas desculpas, mas vai ficar como estar. À propósito, quer leitinho? rs! Abraço, irmão!