13 de outubro de 2010

Doce amor




São em todas as noites quando estou sozinho, enquanto músicas lindas invadem minha consciência e os pensamentos mais belos dominam minha mente. É exatamente nessas horas em que ninguém pode me ver, é que sou a pessoa mais feliz do mundo. Trancado no meu mundo, fazendo silêncio no ouvido dos outros, apenas um copo com água batiza minha alma.
Minha felicidade é impartilhável! Pois é quando todos os moribundos que conheço dormem, é que me mantenho na noite a dar enormes gargalhadas.
Sabem o que é está todo fudido e mesmo assim continuar tentando agradar as pessoas? Não sabem! Pois é, assim estou. Mesmo na merda estendendo a mão para os que estão na bosta.
Agora só o que me faltava era ter um computador politicamente correto. Enquanto escrevo palavrões, ele não tira esse sublinhado vermelho do caralho. Insensível, não ignora meus desabafos.
Até agora, as coisas ainda não fugirão à risca. Pois continua tudo indo muito mal enquanto vejo idiotas com as bocas presas em paus.
A coisa mais estúpida que já quis fazer em toda minha vida foi se atrelar a outra pessoa e desejar que ela realmente fosse minha. A coisa mais burra que já inventaram durante toda a existência do universo é pegar dois seres acéfalos e dizer que nasceram para viver um com o outro.
De que me vale outra pessoa se quando mais preciso ninguém pode me ajudar? De que me vale outra pessoa se quando mais grito de dor ninguém pode escutar? De que me vale outra pessoa se nas horas em que estou mais fudido ainda tenho que ajudá-la? De que me vale crer em um deus se as coisas que peço, sei que ele não pode me dar? Vão se foder bando de merdas! E minha vontade é que eu também vá junto.
A autodestruição consiste no processo de desilusão e formação de novas idéias. Pois o que não mata, fortalece!
É um projeto muito ambicioso tentar fundir dois corpos para formar uma alma.
O que mais desejaria era um sinal de merda qualquer me provando estar no caminho correto e cercado das pessoas certas. No entanto, sei que esse sinal nunca aparecerá.
Das virtudes mais belas, ou os outros vêem ou aqueles que as têm não podem dizer nada.

Ricardo Magno

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