22 de novembro de 2010

O sonho acordado





A infância é uma das fases mais passageiras de nossa vida. Brincadeiras, sonhos e fantasias recheiam a mentalidade prematura de toda criança. Mas, em meio aos horrores e necessidades sociais de uma qualidade de vida ainda desumana, muitas crianças deixam de saber o que significa esse sonho pueril de olhos arregalados.
Lugar de criança é na escola. Adultos felizes também tiveram amor e carinho dos pais, ou ao menos, um ponto de apoio para desenvolver a força capaz de driblar qualquer mal que contamine o coração. As crianças ainda não sabem de nada e, mesmo assim, muitas delas já carregam um enorme fardo pesado nas costas. Dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) de 2008, divulgados em setembro de 2009, indicam que no Maranhão existem cerca de 221 mil crianças e adolescentes na faixa etária de 5 a 17 anos trabalhando, o que equivale a 11,95%. Com esse resultado o Maranhão ocupa o 9º lugar no ranking nacional de casos de exploração de trabalho infantil. Ainda segundo a PNAD, 80.700 crianças e adolescentes foram atendidas no PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil do Governo federal, no período de janeiro a agosto de 2009. Estatísticas lastimáveis a marcar profundamente a personalidade de milhares de "pessoinhas" que um dia virão a ser os lideres de nosso estado.
As crianças não são somente o futuro da nação. Pois, a partir do momento em que todos nós já fomos crianças, elas passam a ser a base de qualquer forma de tempo em todos os estágio da existência humano. Com uma ressalva: a de que nesse período, qualquer desdobramento que venha a acontecer em sua vidas são fatores decisivos para a tomada de direção no qual seus destinos se desenrolarão. Por isso, é de fundamental importância que os órgãos responsáveis, zelando pelo progresso de nossa sociedade, dêem uma feliz e prospera infância para todas as crianças. Pois, o trabalho infantil é desumano até para quem está fora do mercado.



Ricardo Magno

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